Um país se faz com homens e livros. Monteiro Lobato

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Deu a louca na Chapeuzinho


Queridos alunos dos 6ºs anos, deixo aqui, pra vocês, uma tarefa referente ao filme que será assistido em aula nos dias 16 e 17. Façam com dedicação e capricho, no caderno de aula, as questões 1 a 4. A questão 5 deve ser feita no caderno de redação. Bom trabalho!

Questões sobre o filme “Deu a louca na Chapeuzinho”
1 -Qual crime é investigado no filme?
2- Cite e comente algumas características sobre as principais personagens do filme.
3- Quais as pistas e provas utilizadas pelo inspetor Nick Pirueta para desvendar o crime?
4- Qual a relação do inspetor Nick Pirueta com o trabalho feito pelos historiadores?
5- Escreva uma sinopse para o filme.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Poesia a gente inventa...




Anúncio de Zoornal I
Troca-se galho d’árvore
novo em folha, vista pra mata
por um cacho de banana
da terra, nanica ou prata.

CAPARELLI, Sérgio. Come-vento. Porto Alegre: L&PM, 1988. p. 11.




Atenção! Compro gavetas,
compro armários,
cômodas e baús.
Preciso guardar minha infância,
os jogos de amarelinha,
os segredos que me contaram
lá no fundo do quintal.
Preciso guardar minhas lembranças,
as viagens que não fiz,
ciranda cirandinha
e o gosto de aventura
que havia nas manhãs.
Preciso guardar meus talismãs
o anel que tu me deste,
o amor que tu me tinhas
e as histórias que eu vivi.


MURRAY, Roseana. Classificados poéticos.
Belo Horizonte: Miguilim, 1987. p. 6.


Anúncio de Zoornal
Vende-se uma casa
de cachorro pequinês
dê um osso de entrada
e trinta a cada mês.

CAPARELLI, Sérgio. Come-vento. Porto Alegre: L&PM, 1988. p. 11.





Procura-se um equilibrista
que saiba caminhar na linha
que divide a noite do dia
que saiba carregar nas mãos
um fino pote cheio de fantasia
que saiba escalar nuvens arredias
que saiba construir ilhas de poesia
na vida simples de todo o dia.

MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Belo Horizonte: Miguilim, 1987. p. 6.



PRODUÇÃO TEXTUAL
1) Pensem em objetos e situações que incomodam vocês e que estão no seu cotidiano.
Organizem uma lista com o que vocês pensaram.
2) Pensem em objetos, pessoas e situações que vocês queriam para a sua vida. Façam
uma lista do que pensaram.
3) Agora, cada um vai decidir: quer “vender” o que é da primeira lista? quer comprar, ou procurar
alguma coisa da segunda lista? quer trocar alguma coisa da primeira por outra da segunda?
4) Decidiram? Então escolham o verbo que cabe e criem um anúncio literário. Pode ser
em verso ou não, engraçado ou mais emotivo.
5) Lembrem-se: o anúncio deve ser curto, até para causar impacto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Você conhece a verdadeira história dos três porquinhos? Não!? Então, não perca esse texto!



A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS

Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos Três Porquinhos. Ou pelo menos, acham que conhecem. Mas, eu vou contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história.

Eu sou o lobo Alexandre T. Lobo. Pode me chamar de Alex. Eu não sei como começou este papo de Lobo Mau, mas está completamente errado. Talvez seja por causa de nossa alimentação. Olha, não é culpa minha se lobos comem bichinhos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que você é Mau.

Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar.

No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida vovozinha. Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar.

Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho. Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente também. Ele tinha construído a casa de palha. Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma casa de palha.É claro que sim, que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando assim na casa dos outros. Então chamei: “Porquinho, você está aí?” Ninguém respondeu.

Eu já estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Foi quando meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei. E bufei. E soltei um grande espirro.

Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o Primeiro Porquinho – mortinho da silva. Ele estava em casa o tempo todo. Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda. Então eu o comi. Imagine o porquinho como se ele fosse um grande cheeseburger dando sopa.

Eu estava me sentindo um pouco melhor. Mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse era um pouco mais esperto, mas não muito. Tinha construído a casa com lenha. Toquei a campainha da casa com lenha. Ninguém respondeu. Chamei: “Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?”

Ele gritou de volta: “Vá embora Lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas”. Ele tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo. Inflei. E bufei. E tentei cobrir minha boca, mas soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele

Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho – mortinho da silva. Palavra de hora. Na certa você sabe que comida estraga se ficar abandonada ao relento. Então fiz a única coisa que tinha de ser feita. Jantei de novo. Era o mesmo que repetir um prato. Eu estava ficando tremendamente empanturrado. Mas estava um pouco melhor do resfriado.

E eu ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse sujeito era irmão do Primeiro e do Segundo Porquinho. Devia ser o crânio da família. A casa dele era de tijolos. Bati na casa de tijolos. Ninguém respondeu. Eu chamei: “Senhor Porco, o senhor está?” E sabe o que aquele leitãozinho atrevido me respondeu? “Caia fora daqui, Lobo. Não me amole mais.”

E não me venham acusar de grosseria! Ele tinha provavelmente um saco cheio de açúcar. E não ia me dar nem uma xicrinha para o bolo de aniversário da minha vovozinha. Que porco! Eu já estava quase indo embora para fazer um lindo cartão em vez de um bolo, quando senti um espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E espirrei de novo.

Então o Terceiro Porco gritou: “E a sua velha vovozinha pode ir às favas.” Sabe sou um cara geralmente bem calmo. Mas quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu perco a cabeça. Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele Porco. E todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirando e fazendo uma barulheira.

O resto, como dizem, é história.
Tive um azar: os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porcos. E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história como todo aquele negócio de “bufar, assoprar e derrubar sua casa”.

E fizeram de mim um Lobo Mau. É isso aí. Esta é a verdadeira história. Fui vítima de armação. Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar.

Jon Scieszka

terça-feira, 4 de outubro de 2011


A ESTRANHA PASSAGEIRA
Stanislaw Ponte Preta

- O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de vôo – e riu nervosinha, coitada.
Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e fiz o bacano respondendo que estava às suas ordens.
Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e arrumar todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação em sua farta cintura.
Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula:
- Para que esse saquinho aí? - foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.
- É para a senhora usar em caso de necessidade - respondi baixinho.
Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:
- Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro?
Alguns passageiros riram, outros - por fineza - fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue (embora com tantas carnes parecesse mais um açougue) e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.
O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:
- Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?
Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.
Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do "show". Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir os jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.
Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janela para ver a paisagem) e gritou:
- Puxa vida!!!
Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:
- Olha lá embaixo.
Eu olhei. E ela acrescentou: - Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo até parece formiga.
Suspirei e lasquei:
- Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou vôo.

PRETA, Stanislaw Ponte. Garoto linha dura. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1975, p.156-157.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fazendo poesia...

Inspirados na canção "Vento, ventania", de Biquini Cavadão, os alunos dos 6ºs anos foram desafiados a criarem seu poema. Abaixo, os poemas selecionados pelas turmas:


VENTO VENTANIA


Vento, ventania
Me leve para
As sete maravilhas do mundo,
Onde eu tenha as minhas
Melhores lembranças
E aventuras.

Vento, ventania
Me leve para
Bem longe,
Onde o céu não seja o limite,
Que eu possa ser feliz
Como eu sempre quis.

Vento, ventania
Me leve para todas
As partes do mundo,
Mas me faça voltar,
Pois aqui é a minha terra,
Aqui é o meu lugar.

Vento, ventania
Me deixe em Dois Irmãos
Pois foi aqui que eu nasci,
E é aqui que eu
Vou passar a minha vida
Com muita alegria.

Aluna Laura Wagner - 63



Vento, ventania

Vento,ventania
me leve para
dar uma volta
de tapete mágico
pelo céu alegremente.

Vento,ventania
me leve para
tudo que é lugar.
O Cristo Redentor
vou olhar,
A natureza
quero belezar.

Vento,ventania
me leve para
os quatros cantos do mundo
para sentir:
o inverno da Antártida,
o verão da América,
o outono da Europa,
a primavera da Ásia
e a tristeza das famílias
pobres da Africa.

Vento,ventania
me leve para
o Brasil conhecer:
no sul é o frio,
no norte é só desmatamento,
no centro-oeste é as queimadas do calor,
no sudeste é só matança,
no nordeste é só calor, falta de água.

Vento,ventania
me leve para
ajudar as familias
da África que tudo falta
a comida, a casa
o dinheiro e o emprego,
e até sofrem,
vários tipos de preconceitos
como por exemplo:
ser negro,ser pobre,
ser magro e pedir esmolas.



Vento,ventania
me leve para longe
das pessoas que se matam
usando drogas.
Tem tantas coisas
legais no mundo
e ainda as pessoas
se matam e bebem.

Vento,ventania,
volte,pois
estou muito frustrado
por conhecer o mundo
perceber coisas humanas do mundo
que fazem de errado
para elas mesmas.

Vento,ventania
me leve, mas me faça voltar
para ver se tudo mudou.

Vento, ventania
Me leve mas me faça voltar.

Aluno Alan Felipe Dilkin - 61




VENTO VENTANIA
Vento ventania
me leve para as 7 maravilhas
do mundo, me leve a lugares
onde a vista é bonita e a
pessoas legais a conhecer.

Vento ventania
me leve para os 4
cantos do mundo, e de repente
até um quinto canto ainda não descoberto
me leve a um tornado de aventuras e emoções.

Vento ventania
me leve para todas
as partes do mundo,
mas me faça voltar ao meu lar
para o ar da minha tera respirar
com um oceano de emoçoes e aventuras a contar.

Vento ventania
me deixe em minha familia
e quem sabe um dia
voltar a viajar
neste mundo
que é meu lar.

Aluno: Matheus Gustavo - 61




VENTO, ME LEVA
Foi numa quarta
De manhã,quando acordei
Querendo voar.
Olhei pela janela e
Tive certeza do que queria.
Olhei e pensei,
O vento foi,
O vento veio
Será que o vento já
Percebeu,só resta agora
Eu ser ele.
Vou a Losangeles ,Paris
Nova Iorque e EUA,
Conhecer tudo por lá.
Agora que já conheço
Tudo,pensei.
O vento foi,
O vento veio
Só resta agora
Ele falar
Do mesmo jeito que
Você veio você vai
Voltar, e eu vou falar
Me leve mas me
Faça voltar.

Aluna:Tânia Backes - 61



Vento, Ventania

Vento, ventania
Me leve para
Um lugar,
Aonde desde pequena
Aprendi a gostar.

Me leve devagarzinho,
Me leve de mansinho,
Para que eu possa apreciar
Muitas belezas até o chegar.

Mas, de qualquer lugar que seja,
América, Europa ou França...
Que eu curta cada momento,
Até que seja uma lembrança.

Mesmo que eu for
Ir sentir o ar, e,
Por melhor que seja viajar...
Me leve , mas me faça voltar.

Aluna: Camila S. Trierweiler - 61




Meu vento ventania


Vento, ventania
Me leve para
O céu para eu
Poder voar e
Assim chegar aos
Países que eu gostaria
De visitar.

Me leve rápido
Por que o tempo
Não para de
Passar,
Quando eu
Chegar o tempo
Pode parar.

Mesmo que eu
Adore viajar
Me leve, mas me faça voltar.

Aluno: Thiago Trierweiler - 63